Crônicas de Eduardo – Paraleleprológo
Algo para 2011. Fazia tempo que eu não vinha aqui, eu tenho escrito várias coisas ultimamente, só não tenho tido tempo o suficiente pra transcrever para o computador, um dia desses comecei com essa história, que, bem, espero que você se divirta lendo, até breve o/
Eduardo é um cara estranho, desde sua tenra idade já recebia tal alcunha, até hoje ele não entende o que tem de mais, dele gostar de experimentar todas as comidas possíveis com ketchup, acordar de madrugada para escrever alguma coisa que sonhara, achando que daria uma boa história (e no futuro ele percebe que não passava de perda de tempo), e também, como todo mortal tem preguiça de acordar as 5:00 da manhã do dia seguinte a uma prova para ir a aula. Pobre Eduardo, já não sabe mais diferenciar o certo do errado. Se pensa demais, nenhuma ideia plausível lhe convém, se escreve de menos, não consegue ser abster de suas preocupações mundanas, pois ele já não pratica mais esportes, seu tempo é incerto, sua qualidade de vida já não é mais como outrora, nem com os poucos amigos que tem sai mais. Aquilo que nosso herói acreditava que por ventura lhe traria uma boa mudança na sua vida, veio e aconteceu, mas ele não estava preparado nem esperava que tais mudanças fossem tão bruscamente inertes.
Claro que depois de um certo tempo passar, ele se acostumou com aquelas coisas e também é evidente a sua torta, porem, astuciosa e esforçada adaptação a sua nova realidade, promissora, talvez, quem sabe?, talvez até seja, mas só o tempo dirá ao nosso amigo se as escolhas que ele tão meticulosamente tomou foram as certas.
Eduardo nunca foi rico, para falar a verdade, sua família teve até uma vida confortável antes que ele viesse ao mundo, mas, por causa de uma pitada sagaz de irresponsabilidade, tudo se perdera de tal modo nem se que cada membro de sua família desse 3 pulinhos, São Longuinho não podia ajudar. Então devido as evidências, ele cresceu como uma criança peculiar, se satisfazendo de seus pequenos prazeres e de certa forma feliz por ser sensato, era a qualidade que eu mais admirava naquele cara, desde jovem, sensato, sempre soube medir as consequências dos seus atos, uma ou duas vezes, das quais tenho noticia, de que ele perdera a cabeça, mas isso não vem ao caso, humanos são seres realmente fascinantes.
Crescendo com seus medos, desenvolvendo suas poucas habilidades ele vai deixando o tempo passar. Eduardo precisa ser forte, estar sempre pronto a pensar, tomar decisões objetivas e rápidas, por isso é que ele não pode fracassar, por isso que nosso herói anda tão frustrado, todos sempre esperam que ele sempre haja com eximia cautela em tudo, todos projetam nele suas próprias expectativas, que na grande maioria das vezes ele não consegue corresponder satisfatoriamente e é isso o que atualmente mais o preocupa, o simples fato de que existem pessoas, as quais ele ama, que não entendem que ele se comporta assim, não por mal, mas por impossibilidade somada a um pouco de medo, mudar é sempre complicado para Eduardo. Com ele existe uma relação meio sadomasoquista dele com as mudanças, deve ser por causa do medo de arriscar aquilo que ele já tem por uma coisa futuramente incerta.
Pena que tenha enlouquecido tão jovem, mas isso não retirou-lhe sua essência criativa, muito pelo contrário, novos pontos de vista puderam ser somados aos seus. E agora o que lhe restou foi contar-me suas histórias até tarde da noite, enquanto esperamos receber alta, mas, por hora acho que já é o suficiente. Eduardo já está cansado de falar, os enfermeiros já apagaram as luzes e por mais que eu queira, as circunstâncias não me deixarão continuar. Quem sabe amanhã ele resolve me contar outra de suas desventuras e se eu não estiver exageradamente dopado continuarei a registrá-las. Boa Noite.
Comentários
Essa doeu, Shrek, essa doeu lá dentro, cara.