Quebra-cabeças
Desde que fui obrigada a te deixar, minha vida perdeu um pouco aquela euforia de outrora, é como se uma parte de mim, que até então estava inativa, fora arrancada vorazmente sem chance para sutura, essa ferida se alastra cada vez mais, pouco a pouco, dia após dia. Ela só ameniza um pouco quando troco algumas palavras com ele, mesmo com trejeitos distantes, percebo que existe um grande respeito entre nós. Respeito, este, que até então, pouquíssimos humanos tiveram para comigo. A ferida não cessa, ela lateja, arde, machuca, mas creio que ela seja necessária, porque, de alguma forma, ela me serve como um lembrete de que dias melhores virão. Nesses poucos momentos que passamos juntos, sinto-me sublime. Aprendi que mais vale dois dias bem vividos do que dois anos penosos ao lado de outrem. Confesso que fu...