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Mostrando postagens de março, 2014

Quebra-cabeças

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                Desde que fui obrigada a te deixar, minha vida perdeu um pouco aquela euforia de outrora, é como se uma parte de mim, que até então estava inativa, fora arrancada vorazmente sem chance para sutura, essa ferida se alastra cada vez mais, pouco a pouco, dia após dia. Ela só ameniza um pouco quando troco algumas palavras com ele, mesmo com trejeitos distantes, percebo que existe um grande respeito entre nós. Respeito, este, que até então, pouquíssimos humanos tiveram para comigo. A ferida não cessa, ela lateja, arde, machuca, mas creio que ela seja necessária, porque, de alguma forma, ela me serve como um lembrete de que dias melhores virão. Nesses poucos momentos que passamos juntos, sinto-me sublime. Aprendi que mais vale dois dias bem vividos do que dois anos penosos ao lado de outrem.                 Confesso que fu...

Retalhos

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   Nem sem que horas eram quando comecei a pensar nela. Na verdade, eu nunca deixei de faze-lo. Aventuro-me a desenhar (quando convêm), escrever (quando palavras ditas não são suficientes), pintar (quando o tom cinza do mundo me satura os olhos), esculpir (quando busco novas formas) e costurar (quando texturas e sensações precisam se misturar). A única coisa que não tenho aptidão para ousar fazer é música. A representação perfeita da arte, aquilo que bagunça com todos os sentidos humanos de uma vez só e nós transporta para partes distintas de nossas próprias consciências, aquilo que pode, ao mesmo tempo, fazer com que nos sintamos os seres mais sublimes do universo ou, completamente débeis.    Não existe felicidade. Se você vive sua vida correndo em busca disto, sinto muito te dizer, mas ela não existe.       "- Mas, quem raios você pensa que é para falar assim?"    Exatamente! Quem eu penso que sou? Posso te explicar o porqu...